No coração da Maré, onde o mar encontra a terra e os sonhos se entrelaçam como os fios de uma rede, vive-se uma história de solidariedade e resistência.
É um convite à união, um chamado para todos os irmãos, para que se juntem no samba que é de mutirão.
Sob o sol forte ou céu estrelado, as vozes se elevam em harmonia, tecendo rimas como tecelãs habilidosas que entrelaçam os fios da vida.
Nas lajes das casas humildes, o som dos tambores ecoa, rompendo as barreiras invisíveis que separam os corações.
É a comunidade, pulsando como um único ser, onde todos dão as mãos em uma dança sagrada de esperança e solidariedade.
Nesse universo de poesia e luta, as divisas desaparecem, e o povo se torna a própria essência da sociedade.
Acredita-se no poder da coletividade, na força dos que resistem juntos, unidos pelo mesmo ideal de justiça e igualdade.
É o samba que une, que acalma as águas revoltas da vida e aponta para um horizonte de esperança.
A cada batida dos tambores, um eco de liberdade ressoa nos becos e ruas estreitas, anunciando que o dia da mobilização está próximo.
Se benze que dá, pois o caminho está aberto para aqueles que têm fé no poder do povo, no poder da música e na força da união.
Esta é a galera da Maré, uma comunidade de gente bamba, de corações valentes que enfrentam as adversidades com dignidade e amor.
E neste samba, neste canto de resistência, encontram-se as vozes de todos aqueles que acreditam em um mundo melhor, onde a solidariedade e o respeito são os verdadeiros pilares da sociedade socialista.